Administração de Serranópolis inaugurou 5 trechos de calçamentos

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Publicada 27 de Junho, 2016 às 16:14

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Na última sexta-feira (24) a Administração Municipal de Serranópolis do Iguaçu realizou a inauguração de 5 trechos de calçamento, sendo eles: na Boa Vista, Linha Bonatto, acesso para a Linha Formosa e dois trechos na Divisa do Parque.

Aproximadamente R$ 1,3 milhões foram investidos nestas 5 obras inauguradas e entregues para os serranopolitanos na sexta-feira.

Cada trecho recebeu um nome em forma de reconhecimento a história dos pioneiros daquelas localidades, sendo eles: Linha Boa Vista (Pedro Fredolino Esher), Linha Bonatto (Fernando Miguel Kochhann), acesso para Linha Formosa (José Grosbelli), um trecho na Divisa do Parque (Arlindo Achtenberg) e outro trecho na Divisa do Parque (Anildo Kunzler).

Abaixo seguem os históricos dos homenageados:

Histórico Pedro Fredolino Esher

Pedro nasceu no dia 03 de outubro de 1921. A família Esher chegou ao Paraná no ano de 1961. Trazendo os 10 filhos, Pedro e sua esposa Maria se instalaram na Linha Boa Vista.

No início a dificuldade era muito grande, e a derrubada do mato era constante. Na época, a Linha Boa Vista era uma pequena vila, tendo três bolichos, 3 farmácias, comércios e as instalações do cemitério, clube e igreja.

Pedro sempre auxiliou a comunidade, inclusive puxando a madeira de carroça para a construção da primeira igreja na comunidade.

A família teve 11 filhos (Cacildo, Nelsí, Nelson, Cirineo (in memorium), Jolcí, Alcindo, Darci, Narcizo (in memorium), Geni, Claci e Ildo). Ao lado de sua esposa Maria, sempre ensinaram que o mais importante na vida é fazer as coisas certas, ter respeito pelas pessoas e cumprimentá-las olhando no olho.

Toda sua história foi de muito trabalho e mesmo com pouco estudo, deixou o seu exemplo de muita sabedoria e respeito por todos. 

Pedro faleceu aos 68 anos, vítima de um câncer, doença que enfrentou por mais de um ano.

A lembrança da família e dos amigos é deste homem honrado, sincero e que por muitas vezes enfrentou as dificuldades da vida ao lado de toda sua família, demonstrando o verdadeiro valor de um homem.

Histórico Fernando Miguel Kochhann

Natural de Lajeado, Rio Grande do Sul, Fernando e sua família chegaram neste município em 1969, vindos pela Estrada do Colono e trazendo a mudança em caminhões.

Se instalaram na mesma propriedade na Linha Bonatto, onde hoje reside ainda a família. Armaram uma lona e iniciaram a derrubada do mato. Mais tarde foi construída a casa e iniciado o plantio de soja, milho e fumo.

O casal teve 8 filhos (Lurdes, Delfino, Alécio, Ivany, Armando, Irineo, João e Terezinha).

No ano de 1977, a maioria das terras já estavam praticamente limpas, onde todas as madeiras eram queimadas, e uma lembrança da época era que os ?guri? ficavam até mais escuros por conta da fumaça da queimada.

Fernando e toda a família sempre trabalharam em conjunto. A dificuldade na época era muito grande, principalmente na locomoção e busca de mantimentos. Os costumes também eram outros, e por exemplo, quando alguém abatia um suíno, ou até mesmo um frango, tudo era compartilhado.

Em 1972 foi celebrada a primeira Missa na comunidade Linha Bonatto com o Padre Adriano. 

Fernando ajudava na conservação da estrada, principalmente após um longo período de chuva, realizando as adequações, tudo de forma manual. Auxiliou na abertura da primeira estrada.

Seu falecimento foi em 14 de setembro de 2005 vítima de acidente vascular cerebral.

A lembrança da família é deste homem que sempre foi enérgico, correto e conservador. Repassou os ensinamentos religiosos e do catecismo, onde todos os filhos eram obrigados a saber. O maior ensinamento deixado por Fernando é para respeitar as coisas dos outros para que as suas também fossem respeitadas e tivessem valor.

Sua lembrança é de um homem que enfrentou muito trabalho e muitas dificuldades, mas soube sempre conduzir muito bem a sua família.

Histórico José Grosbelli

A família Grosbelli se mudou para Jardinópolis em maio de 1961, pertencendo ainda ao município de Medianeira. José chegou aqui com 45 anos, junto de sua esposa com 46 anos, e nesta idade com seus 10 filhos já nascidos (Diléta (in memorium), Egídio (in memorium), Angelina, Lidia, Lírio, Oracílio, Carmelindo, Lurdes, Marlene e Anelzi).

Logo que chegaram, fixaram residência na vila e iniciaram o trabalho no moinho. O negócio não deu muito certo e então a família passou a morar na lavoura e trabalhar na agricultura.

José sempre esteve presente e colaborou com o desenvolvimento deste município, auxiliando no pioneirismo e no desenvolvimento da agricultura.

Também participou de construções importantes para o bairro de Jardinópolis, como por exemplo, a escola e a igreja.

José colaborou com o trabalho diário em sua família e deixou o ensinamento de colaboração mútua com a comunidade e todas as famílias.

Deixa a lembrança deste homem que colaborou muito com o desenvolvimento e foi um exemplo para sua família.

Histórico Arlindo Achtenberg

Arlindo nasceu no dia 05 de abril de 1928. Veio de Horizontina, Rio Grande do Sul, e em julho de 1964 chegou a este município vindo pela Estrada do Colono. Já nascidos no Rio Grande, Arlindo trouxe com sigo 4 filhos (Celina, Inês, Zenir e Arsenio), outros 2 filhos nasceram mais tarde aqui no Paraná (Arcenildo e Roseli).

O início dos trabalhos foi muito difícil com a derrubada do mato e mais tarde com a destoca. No segundo ano em que a família havia se instalado já construíram uma nova moradia.

No ano de 1976 foi adquirida a primeira colheitadeira, e o serviço de processamento das plantas para retirada os grãos, que antes era totalmente manual, passava a contar com o auxílio deste equipamento, que também foi utilizado para a prestação de serviço aos vizinhos.

Alguns fatos marcaram toda a trajetória, como por exemplo a chegada da luz elétrica no ano de 1970 e do telefone em 1973, todos com alto custo para instalação.

Arlindo sempre ensinou sua família que o mais importante na história de um homem é a sua honestidade. O trabalho sempre esteve presente no dia a dia, e todos os filhos também pegavam pesado no cabo da enxada.

Sua marca também foi deixada por ser o capataz da estrada, onde auxiliava na conservação, e com a ajuda dos vizinhos arrumavam utilizando uma junta de bois. Arlindo foi o primeiro presidente da comunidade de Divisa do Parque, deixando na comunidade também a sua marca.

Sua diversão era o jogo de bocha, caça e se reunir com os amigos. Arlindo também gostava muito de passear.

Aos 83 anos Arlindo faleceu por falência múltipla dos órgãos, no dia 25 de julho, data em que se comemora o dia do Colono e Motorista.

As lembranças são de um homem honrado, correto, honesto e que ajudou muito em sua comunidade. Sempre teve como característica o gosto pela inovação e modernização. A família também lembra de um termo utilizado por ele: ?o seu milói?, direcionando para alguém que estivesse com preguiça de realizar algum trabalho e também nas brincadeira.

Histórico Anildo Kunzler

Anildo Kunzler nasceu no dia 02 de junho de 1932 em Lajeado, Rio Grande do Sul. Casou-se no ano de 1954 com Sybila Elsenbach e deste enlace tiveram 4 filhos (Arcili, Dari, Mirton e Vernice) e também um filho de criação (Valmor).

No dia 24 de junho de 1972 chegaram à comunidade Divisa do Parque, vindos do Rio Grande do Sul pela Estrada do Colono. Vieram para este município em busca de uma vida melhor para sua família e de melhores condições de trabalho nestas terras.

Anildo foi presidente da comunidade São José Batista, Divisa do Parque, por vários anos e sempre colaborou no desenvolvimento desta comunidade e de todo o município. Comunidade esta, onde ainda residem dois filhos, inclusive na mesma propriedade da família.

Anildo faleceu no dia 04 de dezembro de 1999 com 67 anos de idade, decorrência de um câncer. 

As suas boas ações na comunidade e com todos os conhecidos, familiares e amigos ficarão eternizadas, pois Anildo sempre foi um exemplo de pai, esposo e amigo.

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