Castelinho: Proprietários esclarecem divergência sobre invasão da faixa de domínio da Rodovia

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Publicada 10 de Junho, 2016 às 10:16

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Na tarde de ontem, o Guia Medianeira publicou uma reportagem falando sobre o baixo assinado que teve grande repercussão nas redes sociais, nos últimos dias. 

O mesmo trata da possível demolição de uma parte do Castelletto Dal Pozzo, localizado na entrada do município de Matelândia. 

Entramos em contato com a empresa responsável pela rodovia e a mesma enviou uma carta, dando maiores esclarecimentos. 

No final da tarde de ontem, um ato de protesto aconteceu no local, no castelinho, um abraço simbolizando a solidariedade das pessoas que são contra a demolição. 

Na manhã desta sexta-feira, a Família Dal Pozzo, responsável pelo estabelecimento, nos encaminhou uma carta de esclarecimento, em relação ao que a Rodovia das Cataratas disse em seu pronunciamento. 

Confira a carta na integra, e saiba mais sobre o assunto: 

"A realidade...

A família Dal Pozzo iniciou há quase 40 anos as atividades de venda de salada de frutas, muito antes do Castelletto, muito antes da pirâmide, em um modesto Chalé plantado na Pedra no ano de 1977.

Com os anos, outras obras foram incorporadas para melhorar o empreendimento e dar conforto aos que faziam uso das instalações para descansar e se alimentar e para os que ali se dirigiam para passar momentos agradáveis.

A realidade é que a família é humilde, conhecidos descendentes de italianos instalados na região, seu negócio não é interpretar leis, é fazer saladas de frutas.

Quando decidiram construir banheiros para melhorar o empreendimento, consultaram a Prefeitura, que acreditavam tinha poderes de decisão e receberam a permissão para construir.

As notificações da Concessionaria, que passou a tomar conta da rodovia décadas apos o inicio do empreendimento, nunca foram claras: pare a obra! Mas por quê?

Havia autorização da prefeitura, havia um marco que até hoje está no lugar e que foi colocado pelo DNER e que foi devidamente respeitado, nunca houve uma justificativa clara.

Fique claro, a obra não avançou 5 metros, avançou 20 cm!

A concessionária decidiu então levar a juízo a família e exigir que demolissem tudo o que estava na faixa de domínio, construído há mais de 20 anos! Não exigiram demolir os 20 cm que foram construídos há poucos anos. Recuar 5 metros no empreendimento significa tocar as pedras, ou seja, o empreendimento deixará de existir.

A família, na sua simplicidade, confiou mal sua defesa e, quando viu, estava com uma ordem de demolição nas mãos e o processo abandonado por quem foi contratado para fazer a defesa.

Todos os prazos para recursos foram perdidos, a família ficou sem a possibilidade de tentar reverter a situação.

Houve tentativas de conversar e entrar em um acordo com  a ecocataratas, rechaçadas com veemência e sem a menor visão da situação local, da importância história e turística do empreendimento.

Há ordem jurídica de demolição que deverá ser cumprida em breve. Não é culpa do judiciário, é insistência da Concessionária.  A única que pode paralisar essa situação e ter a compreensão de recuar apenas os 20 cm da obra nova é a Ecocataratas, afinal, 20 anos se passaram sem que nada nem ninguém perturbassem o sossego dos proprietários e usuários e sem que nenhum acidente ocorresse na região. 

Não se trata de abrir uma exceção por parte da concessionária, mas sim de respeitar a história de um povo e integrar-se como empreendedor e não retirar uma das poucas atrações que a região possui como fazem os empresários que, sem analisar os impactos sociais, tentam fazer valer seus direitos "

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