Mulheres do MST destroem mudas e estufas de empresa em Quedas do Iguaçu

Elas pretendem chamar a atenção contra o agronegócio. Araupel contabiliza prejuízos

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Publicada 08 de Março, 2016 às 13:46

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No dia internacional da mulher, terça-feira (8), por volta das 6h30, aproximadamente de cinco mil camponesas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam as dependências da empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu. Elas destruíram mudas de pinus e eucaliptos e queimaram estufas.

Segundo o site oficial do MST, mulheres vieram de todo o estado. "Elas destruíram as mudas de eucalipto e pinus para denunciar o que é um modelo destrutivo do agronegócio e seus impactos para o meio ambiente, como por exemplo, a expansão da monocultura de pinus e eucalipto, que tornam as terras improdutivas no ponto de vista da soberania alimentar".

O Movimento quer que se mantenha a biodiversidade do território, para que assim as famílias possam ser assentadas com a reforma agrária. Elas ainda denuncia a apropriação ilegal de terras feitas pela Araupel.

A empresa contabiliza os prejuízos financeiros e diz que foram destruídas mais de 1,2 milhão de mudas que seriam plantadas em setembro. Estufas foram quebradas e queimadas.

A Araupel lembra que existe uma reintegração de posse, de julho de 2014 e critica a inoperância do governo do estado.

As mulheres do MST exigem a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária. Elas também cobram que as 10 mil famílias acampadas no Paraná sejam assentadas no estado.

No final da manhã desta terça-feira (08) a assessoria de imprensa da Araupel divulgou uma nota denunciando que membros dos acampamentos Dom Tomas Babuíno e Herdeiros da Terra, junto com reforços que chegaram "armados de foice e espingardas", destruíram as mudas de pinos que seriam usadas para no próximo plantio. "Perda total de mudas e instalações. A Polícia Militar foi acionada da movimentação e da intenção do MST, mas nenhuma medida preventiva foi tomada. A Araupel segue esquecida pelo Estado do Paraná. Em março a empresa teve duas vitórias a seu favor no TRF 4ª Região, o que alterou os ânimos do MST agora caracterizados como reais invasores e foras da lei."

Redação Catve.com

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