Crônica: Quarenta e cinco do segundo tempo

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Publicada 30 de Novembro, 2015 às 10:27

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Enquanto passava a margarina no pão, refletia sobre os acontecimentos do final de semana. Além de intensos foram novidades cheias de energia e harmonia. Quando deu a primeira mordida na fatia de pão, a ficha caiu: é novembro. 

O velho clichê se fez real, o filme do ano passou na cabeça, e a pergunta (mais clichê ainda) pairou sobre o ar: o que eu fiz esse ano? 

As horas na frente de telas, flutuando em horas extras, correndo para todos os cantos, estando, praticamente, em dois lugares ao mesmo tempo, não deixavam perceber que o ano tinha sido um dos mais produtivos e batalhados dos últimos tempos. 

O relógio anestesiava a falta de percepção nos detalhes que faziam daquele, um tempo de renovações e novos horizontes. Mas se lembrou de uma mania tão antiquada quanto o velho formato de mundo, encontrou a listinha de fim de ano, do ano anterior. 

Pouca coisa dava para riscar, o sentimento de desafio brotou, e arriscar-se se tornou uma nova preocupação, havia pouco tempo e era preciso uma boa estratégia para que aquela lista se tornasse palavras rabiscadas.

Organizou o seu time, formado por perseverança, força de vontade, organização, planejamento, ousadia e partiu campo afora. Os quarenta e cinco do segundo tempo já estavam sendo marcados no relógio, o tempo urgia, o sol nascia, e lá se ia mais uma semana pra conta. 

O importante é marcar, é gritar gol, é riscar mais um objetivo na vida, bate o pé, marca, dribla e parte pro gol, ainda dá tempo, tenta. 

Fonte: Revista Guia

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